Pequena como um pássaro, cintilante como uma estrela, lá estava a Fada Angélica, dentro de uma pequena gaiola de pássaro, amarela e branca com imensas grades. Angélica era a fada de Raul, um jovem rapaz, com mais ao menos seis anos. Este, sofria de um problema nos ossos das pernas, que o prendera a duas muletas, e a meia dúzia de ferros nas pernas.
Percebeu então que o maroto do Sol estava a tentar entrar pelas frinchas das janelas do quarto, e de repente entrou o Raul, com os olhos encharcados de lágrimas, lágrimas que desencantavam o seu bonito rosto.
- Angélica, não aguento mais! O meu pai ralhou outra vez comigo por eu não ter progredido na fisioterapia – disse o Raul, com uma cara de desânimo, e tristeza.
- Tem calma Raul! Sabes que o teu pai não faz por mal. Estás numa clínica privada porque um tratamento num hospital público demoraria anos. Não fica barato ter-te tanto tempo numa clínica privada, e ainda por cima sem progressos. Ele sabe que tu não tens culpa, mas é duro para ele ver um filho de muletas, sem conseguir andar. Tens que compreender!
- Então Raul? Não vens jantar? - disse o seu pai, ao entrar no quarto.
- Já vou pai - disse o Raul, tentando esconder a Angélica. Aquela pequena fada, era um segredo só seu, não gostaria de a partilhar com mais ninguém. Poderiam até manda-la para um laboratório, ou coisa parecida! O melhor era mesmo manter a sua pequena amiga em segredo.
Durante o jantar:
- Filho...eu...bem, eu...eu queria...queria...
- Diga pai!
- Eu queria pedir-te desculpas...
- Desculpas porquê pai?
- Por favor, não me interrompas agora, deixa-me acabar – pediu-lhe o pai calmamente – Queria pedir-te desculpas por ser tão agressivo, e tão impaciente contigo! Desde que a tua mãe morreu, deixei de ter paciência, fiquei rabugento e agressivo. Basicamente desculpa, e obrigada por me aturares. A partir de agora vou ser um pai melhor, e vou dar-te mais atenção, e mais carinho, tal como a tua mãe fazia!
- Não precisas de pedir desculpas pai. Eu compreendo-te.
No dia seguinte, enquanto o pai fazia o almoço, e o Raul brincava lá fora, o telefone tocou. O pai do Raul foi atender, e quando voltou à cozinha, viu que o fogão estava a arder. Tentou apagar o fogo, mas de repente, tudo o que estava à sua volta começou a arder também, e inesperadamente, um dos armários superiores da cozinha, caiu sobre o pai de Raul.
Ao ouvir o grito de dor do seu pai, Raul espreitou pela janela, e viu que já toda a casa estava a arder! Raul começou a chorar ao ver o seu pai sofrer de tal maneira. Este mandou o filho afastar-se para que este não se magoasse também.
- Raul, vai ajudar o teu pai! - Disse a Fada Angélica.
- Mas eu não consigo! As minhas muletas estão lá dentro!
- Raul, tu consegues! Força, eu sei que tu consegues! Deixa-te guiar pelo teu coração! – disse Angélica com toda a convicção.
- Sim, eu consigo! Pelo meu pai! – e dizendo isto, Raul levantou-se (com a pequeníssima, mas sincera, ajuda de Angélica), e caminhou, sem qualquer ajuda, até à porta de casa. Entrou, e tirou de lá de dentro o seu pai.
Quando chegou cá fora, já a Angélica tinha chamado ajuda
( pelo telefone, é claro), e a ambulância chegou imediatamente.
- Raul, tu andaste! Finalmente andaste! A alegria que isso me causa, atenua a minha dor! – e dizendo isto, foi transportado de maca para o hospital.
Depois de o pai de Raul estar curado, alguns médicos e psicólogos famosos, interessados no caso do jovem rapaz, descobriram que este tinha coragem, e força para andar pelas suas próprias pernas, quando se deparava com emoções fortes, o que ajudou bastante na sua recuperação.
Depois de 3 meses de fisioterapia, exames, testes, e outras coisas que tais, o Raul voltou para casa. Correu imediatamente para o seu quarto, onde encontrou um pequeno bilhete, destinado a si próprio:
“ Querido Raul
Sei que irás ficar bastante desapontado ao ler esta carta. Eu sou uma Fada da Ajuda. A minha função é ajudar as crianças que não têm amigos, e que precisam da minha ajuda. Enquanto tu estavas doente, e não tinhas amigos porque não ias à escola, eu estava aí para te ajudar, mas agora que estás totalmente recuperado, e vais voltar para a escola, já não precisas mais de mim, então achei que estava na hora de partir, e ajudar outro menino, ou outra menina que precise da minha ajuda.
Com muitos bjs.
Angélica”
Percebeu então que o maroto do Sol estava a tentar entrar pelas frinchas das janelas do quarto, e de repente entrou o Raul, com os olhos encharcados de lágrimas, lágrimas que desencantavam o seu bonito rosto.
- Angélica, não aguento mais! O meu pai ralhou outra vez comigo por eu não ter progredido na fisioterapia – disse o Raul, com uma cara de desânimo, e tristeza.
- Tem calma Raul! Sabes que o teu pai não faz por mal. Estás numa clínica privada porque um tratamento num hospital público demoraria anos. Não fica barato ter-te tanto tempo numa clínica privada, e ainda por cima sem progressos. Ele sabe que tu não tens culpa, mas é duro para ele ver um filho de muletas, sem conseguir andar. Tens que compreender!
- Então Raul? Não vens jantar? - disse o seu pai, ao entrar no quarto.
- Já vou pai - disse o Raul, tentando esconder a Angélica. Aquela pequena fada, era um segredo só seu, não gostaria de a partilhar com mais ninguém. Poderiam até manda-la para um laboratório, ou coisa parecida! O melhor era mesmo manter a sua pequena amiga em segredo.
Durante o jantar:
- Filho...eu...bem, eu...eu queria...queria...
- Diga pai!
- Eu queria pedir-te desculpas...
- Desculpas porquê pai?
- Por favor, não me interrompas agora, deixa-me acabar – pediu-lhe o pai calmamente – Queria pedir-te desculpas por ser tão agressivo, e tão impaciente contigo! Desde que a tua mãe morreu, deixei de ter paciência, fiquei rabugento e agressivo. Basicamente desculpa, e obrigada por me aturares. A partir de agora vou ser um pai melhor, e vou dar-te mais atenção, e mais carinho, tal como a tua mãe fazia!
- Não precisas de pedir desculpas pai. Eu compreendo-te.
No dia seguinte, enquanto o pai fazia o almoço, e o Raul brincava lá fora, o telefone tocou. O pai do Raul foi atender, e quando voltou à cozinha, viu que o fogão estava a arder. Tentou apagar o fogo, mas de repente, tudo o que estava à sua volta começou a arder também, e inesperadamente, um dos armários superiores da cozinha, caiu sobre o pai de Raul.
Ao ouvir o grito de dor do seu pai, Raul espreitou pela janela, e viu que já toda a casa estava a arder! Raul começou a chorar ao ver o seu pai sofrer de tal maneira. Este mandou o filho afastar-se para que este não se magoasse também.
- Raul, vai ajudar o teu pai! - Disse a Fada Angélica.
- Mas eu não consigo! As minhas muletas estão lá dentro!
- Raul, tu consegues! Força, eu sei que tu consegues! Deixa-te guiar pelo teu coração! – disse Angélica com toda a convicção.
- Sim, eu consigo! Pelo meu pai! – e dizendo isto, Raul levantou-se (com a pequeníssima, mas sincera, ajuda de Angélica), e caminhou, sem qualquer ajuda, até à porta de casa. Entrou, e tirou de lá de dentro o seu pai.
Quando chegou cá fora, já a Angélica tinha chamado ajuda
( pelo telefone, é claro), e a ambulância chegou imediatamente.
- Raul, tu andaste! Finalmente andaste! A alegria que isso me causa, atenua a minha dor! – e dizendo isto, foi transportado de maca para o hospital.
Depois de o pai de Raul estar curado, alguns médicos e psicólogos famosos, interessados no caso do jovem rapaz, descobriram que este tinha coragem, e força para andar pelas suas próprias pernas, quando se deparava com emoções fortes, o que ajudou bastante na sua recuperação.
Depois de 3 meses de fisioterapia, exames, testes, e outras coisas que tais, o Raul voltou para casa. Correu imediatamente para o seu quarto, onde encontrou um pequeno bilhete, destinado a si próprio:
“ Querido Raul
Sei que irás ficar bastante desapontado ao ler esta carta. Eu sou uma Fada da Ajuda. A minha função é ajudar as crianças que não têm amigos, e que precisam da minha ajuda. Enquanto tu estavas doente, e não tinhas amigos porque não ias à escola, eu estava aí para te ajudar, mas agora que estás totalmente recuperado, e vais voltar para a escola, já não precisas mais de mim, então achei que estava na hora de partir, e ajudar outro menino, ou outra menina que precise da minha ajuda.
Com muitos bjs.
Angélica”
Trabalho realizado por: Ana Varejão
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