Tuesday, April 25, 2006

Delimitação da história: "O Cavaleiro da Dinamarca"

Após visualizar o grande abeto o cavaleiro reviu a sua casa, mas esta estava bastante diferente.
A bela casa que era, estava agora em “cinzas”. A primeira emoção foi o pensamento de loucura, pois devido a todos os obstáculos da sua viagem, nada era de admirar.
Correu para a porta, e mal lhe tocou esta desmoronou-se. Tudo tinha ardido, e nada restava naquela imensidão de “cinzas”.
Entrou de rompante em todas as divisões da casa, mas não encontrou ninguém. Olhou para aquela lareira, que tantas vezes presenciou as alegrias da sua família. Em cima desta encontrava-se um pequeno envelope. Ao contrário do resto da casa, este não estava enfarruscado. O Cavaleiro precipitou-se para ele. Abriu o envelope e dentro dele, encontrava-se uma pequena carta:
“Esta carta, dirige-se ao meu marido.
Meu amor, no último ano temos sido vítimas de chantagem, por parte do teu irmão.
Quando a tua mãe o deserdou, o Júlio desapareceu, e agora, que sabe que tu desapareceste, quer retirar-nos o que é teu por direito.
No outro dia, fui com os nossos filhos dar um passeio, e quando chegamos, a casa estava assim. Temos a certeza que foi ele que cometeu esta crueldade, mas apesar disso, ele sabe que nós estamos vivos. Como não sabemos para onde vamos, deixamos pistas no caminho para tu nos seguires.
Quando arranjarmos um lugar seguro para ficar, não nos mudaremos mais.
Da tua esposa.
P.S.: Após leres esta carta, queima-a, para que ninguém a possa ler.”

Depois de ler esta carta, o coração do Cavaleiro acalmou. Apesar de não saber onde se encontrava a sua família, sabia que estes não tinham morrido no incêndio. Começou então a pensar, onde poderia começar a procurar as pistas. Lembrou-se então de procurar na casa de bonecas dos seus filhos, local onde estes passavam a maior parte do seu tempo. Precipitou-se a sair de casa, mas no primeiro passo que deu, caiu no chão sem forças. Apesar do seu desejo incessante por encontrar a sua família, decidiu passar a noite na casa de bonecas, pois este era o único sitio da casa que não tinha ardido.
Quando amanheceu, começou a procurar alguma pista naquela pequena casinha. Descobriu então, a boneca favorita da sua filha, no meio de tantas outras. Pegou nela. Estava rasgada e dentro dela encontrava-se um pequeno bilhete:

“ O ouro brilha
Tal como o amor
A água reflecte
O brilho do esplendor"

Nesse momento o Cavaleiro percebeu que teria de ser ágil e esperto para conseguir encontrar a sua família. Releu o bilhete, e percebeu que a próxima pista se encontrava perto da água, ou seja, perto do rio.
Decidiu então ir até à aldeia, foi servido com um pequeno banquete. Como já se fazia tarde, decidiu passar lá a noite, assim, no dia seguinte, já estaria com as forças restabelecidas. No dia seguinte, deixou-se dormir, e quando acordou, bebeu um pouco de leite e dirigiu-se ao rio. Precipitou-se a seguir o seu percurso, até avistar a grande Montanha Brilhante. O Cavaleiro lembrou-se da mensagem, “… o brilho do esplendor”, e subiu imediatamente a montanha.
Subiu-a o mais rápido que conseguiu e ao chegar ao topo, avistou qualquer coisa a brilhar no fundo do rio.
Encontrou um objecto especial, relativo ao amor que sentia pela sua esposa. Precipitou-se para ele. Era o pequeno medalhão de ouro que o Cavaleiro tinha oferecido à sua esposa quando estes se casaram. Abriu-o e lá dentro encontrou uma mensagem:

“ Busca a tua orientação
Unifica a tua vegetação
Sobe e procura
Saberás como te orientar
Ouve o coração
Leva-a contigo ”
P.S.:A agulha guiar-te-á!

O Cavaleiro percebeu que tinha de ir para onde a agulha indica: norte! Era já bastante tarde, e o Sol já se tinha escondido. Este deu lugar à bela Lua Cheia, tão brilhante como o olhar do cavaleiro, quando pensava na sua família. Assim, este decidiu passar a noite numa caverna ali perto.
Mal amanheceu, o cavaleiro olhou o Sol, e situou-se no seu ponto cardeal. Dirigiu-se para Norte, até que avistou um grande Sobreiro. Árvore única naquela floresta e arredores. Lembrou-se então da mensagem:
“ Unifica a tua vegetação
Sobe e procura”
Então subiu à árvore, e no cimo desta encontrava-se uma pequena caixa. Dentro desta, estava uma bússola e uma mensagem que dizia:


Uma longa viagem começa com um primeiro passo.

1 Pessoa = 2 Dinar's

O Cavaleiro apressou-se a apanhar o comboio da Dinamarca que o levou para a cidade de Copenhaga. Chegou à cidade no dia trinta e um de Dezembro. Era véspera de ano novo, e o cavaleiro desejava encontrar a sua família o mais rápido possível. Procurou a sua família durante todo o dia mas ninguém lhe sabia dizer onde estes se encontravam. Passou a noite numa pensão. Quando amanheceu, o cavaleiro, lembrou-se de perguntar à dona da pensão, se por lá tinha passado uma mulher e duas crianças. Esta respondeu-lhe:
- Não senhor. Passaram por aqui uma mulher, uma criança e um senhor.
- Que nome tinha esse senhor? -perguntou o Cavaleiro.
- Penso que se chamava Júlio.
Naquele momento o Cavaleiro ficou estupefacto e perguntou:
- Para onde é que eles foram, diga-me, para onde é que eles foram?
- Foram para a pensão aqui em frente. Foram ontem de manhã. Não os vejo desde então.
O Cavaleiro correu para a pensão. Lá perguntou em que quarto estava hospedada a sua família. Entrou de rompante no quarto indicado pelo hospedeiro.
Lá estavam os seus filhos, e a sua esposa amarrados a cadeiras, e Júlio com uma pistola a ameaçá-los.
A fúria era tanta, que sem dar oportunidade de o irmão falar, o Cavaleiro espetou-lhe um soco no meio da cara, deixando-o caído no chão sem sentidos. Enquanto isso, o Cavaleiro desamarrou toda a sua família. A sua esposa precipitou-se a chamar a polícia, e quando Júlio ia pelas costas, dar um tiro no irmão, a filha do Cavaleiro, mordeu uma perna ao tio e o seu irmão deitou-o ao chão. Entretanto, chegou a polícia, que foi imediatamente prender Júlio.
Este terá encontrado a família do Cavaleiro na cidade de Copenhaga, enquanto estes se instalavam na pensão, acabando por os raptar.
Quanto ao Cavaleiro e à sua família, acabaram por passar os primeiros dias do ano, naquela cidade, capital da Dinamarca, voltando depois para sua casa, já restaurada pelos seus amigos.

Trabalho realizado por: Ana Varejão

Ana Brochado

Sofia Monteiro

Luis Gonsalves

Pedro Moura

Disciplina: Lingua Portuguesa






1 comment:

Anonymous said...

Como seria de esperar, eu como uma das autoras deste texto, não tenho muito a dizer... apenas que este trabalho deu-nos muitas dores de cabeça, horas a fio na biblioteca tentando encontrar ideias para conseguirmos realizar o trabalho com êxito. Bjs e Abraços Ana Brochado